Atividade 2 - 3º Bimestre
Olá, alunos!
Tudo bem com vocês? Desejo que sim.
Hoje deixarei a segunda
atividade referente ao 3º Bimestre. Faça, seguindo as orientações e
envie por e.mail:
ou
reginaaguirre@prof.educacao.sp.gov.br
Você está com suas lições em dia? Enviou foto do gabarito da AAP (Avaliação de Aprendizagem em Processo)?
Se tiver lições atrasadas, por favor, faça o quanto antes
e envie-as. É muito importante essa sua participação!
Siga assistindo as aulas do Centro de Mídias SP também!
Vamos lá?
(Esta atividade também está no Google Classroom)
Somente leia o texto abaixo.
Os animais e a
peste
Em certo ano
terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo, consultou um mono
de barbas brancas.
- Esta peste é um
castigo do céu – respondeu o mono – e o remédio é aplacarmos a cólera divina
sacrificando aos deuses um de nós.
- Qual? –
perguntou o leão.
- O mais carregado
de crimes.
O leão fechou os
olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
- Amigos! É fora
de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu.
Cometi grandes crimes, matei centenas de cervos, devorei inúmeras
ovelhas e até vários pastores.
Ofereço-me, pois, para o sacrifício necessário ao bem comum.
A raposa
adiantou-se e disse:
- Acho conveniente
ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa
Majestade alegou constitui crime. Matar
cervos – desprezíveis criaturas; devorar ovelhas – mesquinhos bichos de nenhuma
importância: trucidar pastores – raça vil merecedora de extermínio! Nada disso
é crime. São coisas até que muito honram
o nosso virtuosíssimo rei leão.
Grandes aplausos
abafaram as últimas palavras da bajuladora, e o leão foi posto de lado como
impróprio para o sacrifício.
Apresenta-se em
seguida o tigre e repete-se a cena.
Acusa-se ele de mil crimes, mas a raposa prova que também o tigre era um
anjo de inocência.
E o mesmo
aconteceu com todas as outras feras.
Nisto, chega a vez
o burro. Adianta-se o pobre animal e
diz:
- A consciência me
acusa de haver comido uma folha de couve da horta do senhor vigário.
Os animais
entreolhavam-se. Era muito sério
aquilo. A raposa toma a palavra:
- Eis, amigos, o
grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta que é inútil prosseguirmos
na investigação. A vítima a
sacrificar-se aos deuses não pode ser outra, porque não pode haver crime maior
do que furtar a sacratíssima couve do senhor vigário.
Toda a bicharada
concordou e o triste burro foi unanimemente eleito para o sacrifício.
Aos
poderosos, tudo se culpa; aos miseráveis, nada se perdoa.
(Monteiro Lobato. Fábulas.
São Paulo: Brasiliense, 1962. P.91)
alegar: justificar, argumentar.
aplacar: enfraquecer, abrandar.
apreensivo: preocupado, receoso.
bajulador: aquele que enaltece (agrada) alguém para obter vantagens.
mono: designação dada a macacos em geral.
Copie e responda os exercícios abaixo no
seu caderno:
1)
A
fábula está organizada em parágrafos. Quantos parágrafos há nela?
____________________________________________
2)
Nos textos
narrativos, há geralmente várias vozes.
Uma é a do narrador, que conta a história, e as outras são das
personagens, que conversam entre si.
Identifique de quem é a voz (quem fala) nos seguintes trechos:
a)
“ – A
consciência só me acusa de haver comido uma folha de couve da horta do senhor
vigário.”
____________________________________________
b)
“ –
Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras.”
____________________________________________
c)
“Toda
a bicharada concordou e o triste burro foi unanimemente eleito para o
sacrifício.”
____________________________________________
3)
Observe,
na fábula, o diálogo entre os animais.
a)
Qual
sinal de pontuação indica início da fala de cada personagem?
________________________________________
b)
Para
indicar quem está falando, o narrador emprega certos verbos, como dizer,
presente neste trecho: “A raposa adiantou-se e disse”. Identifique no
texto outros verbos que marcam a fala das personagens.
_________________________________________
Só para você ler:
Você observou na
fábula lida que, quando se reproduz um diálogo entre personagens, usa-se o travessão
(-) para indicar a fala de cada uma. Para marcar a
fala das personagens, empregam-se verbos como falar, dizer, responder,
retrucar, exclamar, interrogar, indagar, entre outros. |
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