Olá, alunos dos sextos anos!
Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Hoje vou postar a “Atividade de Aprofundamento”
deste mês.
Vocês lerão o texto com bastante atenção e, a seguir,
devem realizar os exercícios no caderno
(somente respondam, sem copiar o enunciado.
Nas questões de alternativas, copiem o item que corresponde à sua
resposta – não somente a letra)
Depois, tirem foto e enviem para meu e.mail:
ou
reginaaguirre@prof.educacao.sp.gov.br
Vamos lá?
ATIVIDADE
DE APROFUNDAMENTO (Setembro/2020) H38
– Inferir informação pressuposta ou subentendida em um texto literário, com
base em sua compreensão global. Habilidades
de aprendizagem: EF69LP56 – Fazer uso consciente e reflexivo da norma-padrão em
situações de fala e escrita em textos de diferentes gêneros, levando em
consideração o contexto, situação de produção e as características do gênero. EF06LP05B – Utilizar diferentes gêneros textuais, considerando a
intenção comunicativa, o estilo e a finalidade. |
O texto abaixo é o capítulo “O
livro comestível”, do livro A reforma da natureza, de Monteiro Lobato. O livro narra as aventuras de Emília e sua
amiga Rã, que juntas decidem fazer muitas reformas no sítio. Neste capítulo, elas decidem reformar os
livros e torná-los comestíveis. Leia-o
para responder as questões.
IX
– O livro comestível
A maior
parte das ideias da Rã eram desse tipo.
Pareciam brincadeiras e isso irritava Emília, que estava tomando muito a
sério o seu programa de reforma do mundo.
Emília sempre foi uma criaturinha muito séria e convencida. Não fazia nada de brincadeira.
- Parece incrível, Rã! – disse ela. – Chamei você
para me ajudar com ideia na reforma, mas até agora não saiu dessa cabecinha uma
só coisa aproveitável – só “desmoralizações...”
- Isso não! A ideia das tetas com torneiras na Mocha
foi minha e você gostou muito. A da pulga também.
- Só essas.
Todas as outras eu tive de jogar no lixo. Vamos ver mais uma coisa. Que acha que devemos fazer para a reforma dos
livros?
A Rãzinha
pensou, pensou e não se lembrou de nada.
- Não
sei. Parecem-me bem como estão.
- Pois eu
tenho uma ideia muito boa – disse Emília. – Fazer o livro comestível.
- Que
história é essa?
- Muito
simples. Em vez de impressos em papel de
madeira, que só é comestível para o caruncho, eu farei os livros impressos em
um papel fabricado de trigo e muito bem temperado. A tinta será estudada pelos
químicos – uma tinta que não faça mal para o estômago. O leitor vai lendo o livro e comendo as
folhas; lê uma, rasga-a e come. Quando
chega ao fim da leitura está almoçado ou jantado. Que tal?
A Rãzinha
gostou tanto da ideia que até lambeu os beiços.
- Ótimo,
Emília! Isto é mais do que uma ideia-mãe.
E cada capítulo do livro será feito com papel de um certo gosto. As primeiras páginas terão gosto de sopa; as
seguintes terão gosto de salada, de assado, de arroz, de tutu de feijão com
torresmos. As últimas serão as da
sobremesa – gosto de manjar branco, de pudim de laranja, de doce de batata.
- E as
folhas do índice – disse Emília – terão gosto de café – serão o cafezinho final
do leitor. Dizem que o livro é o pão do
espírito. Por que não ser também pão do
corpo? As vantagens seriam imensas.
Poderiam ser vendidos nas padarias e confeitarias, ou entregues de manhã
pelas carrocinhas, juntamente com o pão e o leite.
- Nem
precisaria mais pão, Emília! O velho pão viraria livro. O Livro-Pão, o Pão-Livro. Quem soube ler, lê o livro e depois come;
quem não souber ler, come-o só, sem ler.
Desse modo, o livro pode ter entrada em todas as casas, seja dos sábios,
seja dos analfabetos. Otimíssima ideia, Emília!
- Sim –
disse esta muito satisfeita com o entusiasmo da Rã. – Porque, afinal de contas,
isso de fazer os livros só comíveis para o caruncho é bobagem – podemos
fazê-los comíveis para nós também.
- E quem
deu a você essa ideia, Emília?
- Foi o
raciocínio. O livro existe para ser
lido, não é? Mas depois que o lemos e
ficamos com toda a história na cabeça, o livro se torna uma inutilidade na
casa. Ora, tornando-se comestível,
diminuímos uma inutilidade.
- E quando
a gente quiser reler um livro?
- Compra
outro, do mesmo modo que compramos outro pão todos os dias.
A ideia,
depois de discutida em todos os seus aspectos, foi aprovada, e Emília reformou
toda a biblioteca de Dona Benta.
Fez um
papel gostosíssimo e de muito fácil digestão, com sabor e cheiro bastante
variados, de modo que todos os paladares se satisfizessem. Só não reformou os
dicionários e outros livros de consulta.
Emília pensava em tudo. [...]
(Extraído e
adaptado de Lobato, Monteiro. A Reforma
da Natureza. São Paulo: Companhia
Nacional, 1944)
Agora, responda às questões:
1. Emília
deseja fazer a reforma dos livros com o objetivo principal de:
(A) Variar
o cardápio de comidas.
(B) Fazer
o livro chegar a todos.
(C) Matar
a fome dela e da Rã.
(D) Acabar
com todos os livros.
2. Sobre
o cardápio que Emília e sua amiga Rã elaboram para o livro, é possível
verificar que:
(A) Elas
não gostam das comidas escolhidas.
(B) Elas
fazem um cardápio com comidas americanas.
(C) Elas
inventam um cardápio de comidas brasileiras.
(D) O
cardápio inventado não mata a fome do leitor.
3. Sobre
a participação da amiga Rã na reforma dos livros, nota-se que:
(A) Todas
as ideias para reformar os livros são elaboradas pela Rã.
(B) A
Rã não elabora nenhuma ideia para se reformar dos livros.
(C) No
início, a Rã não deseja mudar os livros, mas depois muda de ideia.
(D) A
Rã acha que os livros comestíveis irão engordar todos os leitores.
4. Emília
diz à Rã que as ideias para a reforma vieram do raciocínio e que o livro foi
feito para ser lido. Isso significa que:
(A) Emília
era esperta e sabia a importância da leitura para a imaginação.
(B) Emília
pensa que os livros não servem para nada, só ocupam espaço.
(C) Emília
acha que a leitura de jornais estimula o raciocínio e a criatividade.
(D) Emília
não valoriza nenhum livro e que só transformá-los em comida.
5. Por
que Emília não reformou os dicionários e livros de consulta?
(A) Porque
são livros grandes e pesados.
(B) Porque
eles já eram livros comestíveis.
(C) Porque
eles não são livros importantes.
(D) Porque
geralmente são muito usados.
6. O
texto é narrado em 1ª ou 3ª pessoa? O narrador é personagem ou é observador?
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7. Inspirado
pelo texto acima, de Monteiro Lobato, vamos entrar neste jogo da imaginação e
da literatura? Imagine que você vai criar um livro comestível de literatura,
contendo uma boa história. Como será
esse livro? Preencha os itens abaixo, pois eles irão ajudar você a imaginar o
projeto deste livro.
a) Quem
será o possível público alvo desse livro? Para que idade ele melhor se adapta?
_________________________________________________________________________
b) Que
história irá conter neste livro? Faça um pequeno resumo, escrevendo cerca de
três linhas:
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c) Qual
o objetivo deste livro? Exemplo: divertir, ensinar algo, instruir...
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d) No livro de Emília, as partes do livro comestível eram formadas por diferentes tipos de comidas e bebidas. A partir desta mesma ideia, imagine e escreva abaixo qual o sabor de cada parte de seu livro.
- Capa: __________________________________________________________________
· Índice:____________________________________________________________________________________________________________________________________________
·
Capítulos: ________________________________________________________________
_____________________________________________________
·
Contracapa:
______________________________________________________________________________________________________________________________________
e) Onde
este livro poderia ser vendido?
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f)
Faça um desenho do seu livro comestível:
Bom
Trabalho!!
Capriche sempre!
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