foto calvitti

foto calvitti

Utilize a versão WEB do seu celular para visualizar as Atividades!!

UTILIZE A VERSÃO WEB DO SEU CELULAR PARA VISUALIZAR AS ATIVIDADES!!

MENU PRINCIPAL

MENU PRINCIPAL

ATIVIDADES (Ensino Fundamental II)

ATIVIDADES (Ensino Médio)


quarta-feira, 5 de maio de 2021

LÍNGUA PORTUGUESA - 9ºs anos A/B/C/D - Profªs Izabel e Regina

Olá, alunos dos nonos anos!

Esperamos que todos estejam bem!

Já estamos no Segundo Bimestre e aqui está a primeira atividade deste período.

Ela deve ser feita no caderno de Língua Portuguesa. Fotos devem ser enviadas, até o dia 21/05/2021, para os e.mails das professoras respectivas:


9º ano A - Profª Regina - reginaaguirre@prof.educacao.sp.gov.br

9ºs anos B/C/D - Profª Izabel -  lugui@prof.educacao.sp.gov.br


A atividade foi colocada também no Google Classroom.  Os códigos das salas são:

9º ano A - zbjil52

9º ano B - hxvscrv

9º ano C - z24frmr

9º ano D - eupuc52

Aguardamos o envio das lições.

Bom trabalho a todos!


Profªs Izabel e Regina



Atividade 1 – 2º Bimestre

Artigo de Opinião

Parte 1 – Leia o texto e responda as questões de 1 a 5:

 

Sou contra a redução da maioridade penal

Renato Roseno

A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu uma fogueira: a redução da idade penal. Algumas pessoas defendem a ideia de que a partir dos dezesseis anos os jovens que cometem crimes devem cumprir pena em prisão. Acreditam que a violência pode estar aumentando porque as penas que estão previstas em lei, ou a aplicação delas, são muito suaves para os menores de idade. Mas é necessário pensar nos porquês da violência, já que não há um único tipo de crime.

Vivemos em um sistema socioeconômico historicamente desigual e violento, que só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos.

Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência. Nosso sistema penal como está não melhora as pessoas.

O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la.

Sou contra porque a possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes está na correta aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).  Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Para fazer bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.

Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal é ineficiente para atacar o problema. Problemas complexos não serão superados de modo simplório e imediatista. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, de um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva até lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.

 

Renato Roseno é advogado, coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca – Ceará) e da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced).

 

1. Quais são as atividades profissionais exercidas pelo autor do artigo? Com qual objetivo, elas foram citadas?

__________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2. De acordo com o artigo, qual é o argumento daqueles que defendem a redução da maioridade penal?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3. Releia:

“Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei.”.

 

Identifique duas palavras que poderiam ser colocadas no lugar de “violaram”, sem interferência no sentido da frase:

______________________________________________________________________________

 

4. São opiniões defendidas por Renato Roseno em seu artigo, EXCETO:

a) A aplicação de medidas mais repressivas, no combate aos crimes, ao contrário do que muitos pensam, acaba por gerar mais violência.

b) Ele se mostra contra a redução da maioridade penal, porque defende a ideia de que os menores de idade não devem ser responsabilizados pelos seus atos infracionais.

c) Manter, juntos, adolescentes e adultos no mesmo sistema penal, não diminuirá a violência, já que o sistema penal brasileiro, na forma como se encontra, não melhora os indivíduos.

d) É fundamental, principalmente, que se valorize a vida em todas as suas formas, por meio de um projeto ético e político de sociedade.

 

5. São características assumidas pelo gênero de texto artigo de opinião, EXCETO:

a) O tema, nele abordado, geralmente é polêmico.

b) O autor apresenta, nesse gênero, opiniões contrárias em relação ao tema debatido.

c) O autor expõe o seu ponto de vista sobre o tema, argumentando, de modo a convencer o leitor da opinião que ele defende.

d) O autor informa, nesse gênero, a respeito de um fato ocorrido, de interesse público.

 

 

 

Parte 2 – Leia a tirinha da Mafalda e o texto “O império do Consumo” para responder as questões que seguem.



 

O Império do consumo

Eduardo Galeano

 

            A explosão do consumo no mundo atual faz mais barulho do que todas as guerras e mais algazarra do que todos os carnavais. Como diz um velho provérbio turco, aquele que bebe a conta, fica bêbado em dobro.  A gandaia aturde e anuvia o olhar; esta grande bebedeira universal parece não ter limites no tempo nem no espaço.

            Mas a cultura de consumo faz muito barulho, assim como o tambor, porque está vazia; e na hora da verdade, quando o estrondo cessa e acaba a festa, o bêbado acorda, sozinho acompanhado pela sua sombra e pelos pratos quebrados que deve pagar. (...) O sistema fala em nome de todos, dirige a todos suas imperiosas ordens de consumo, entre todos espalha a febre compradora; mas não tem jeito: para quase todo o mundo esta aventura começa e termina na telinha na TV.  A maioria, que contrai dívidas para ter coisas, termina tendo apenas dívidas para pagar suas dívidas que geram novas dívidas, e acaba consumindo fantasias que, às vezes, materializa cometendo delitos.  O direito ao desperdício, privilégio de poucos, afirma ser a liberdade de todos.

            (...)

            “Gente infeliz, essa que vive se comparando”, lamenta uma mulher no bairro de Baceo, em Montevidéu.  A dor de já não ser, que outrora cantava o tango, deu lugar à vergonha de não ter.  Um homem pobre é um pobre homem. “Quando não tens nada, pensas que não vales nada”, diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, em Buenos Aires.  E outro confirma, na cidade dominicana de San Francisco de Macorís: “Meus irmãos trabalham para as marcas. Vivem comprando etiquetas, e vivem suando feito loucos para pagar as prestações”.

            (...)

            O consumidor exemplar é o homem quieto.  Esta civilização, que confunde quantidade com qualidade, confunde gordura com boa alimentação.  Segundo a revista americana The Lancet, na última década a “obesidade mórbida” aumentou quase 30% entre a população jovem dos países mais desenvolvidos.  Entre as crianças norte-americanas, a obesidade aumentou 40% nos últimos dezesseis anos, segundo pesquisa recente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado.  O país que inventou as comidas e bebidas light, os diet food e os alimentos fatfree, tem a maior quantidade de gordos do mundo.  O consumidor exemplar desce do carro só para trabalhar e para assistir televisão.  Sentado na frente da telinha, passa quatro horas por dia devorando comida plástica.

            Qualquer um entende, em qualquer lugar, as mensagens que a televisão transmite. No último quarto de século, os gastos em propaganda dobraram no mundo todo.  Graças a isso, as crianças pobres bebem cada vez mais Coca-Cola e cada vez menos leite e o tempo de lazer vai se tornando tempo de consumo obrigatório.  Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito pobres não têm cama, mas têm televisão, e a televisão está com a palavra.  Comprado em prestações, esse animalzinho é uma prova da vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos.

            Pobres e ricos conhecem, assim, as qualidades dos automóveis do último modelo, e pobres e ricos ficam sabendo das vantajosas taxas de juros que tal ou qual banco oferece.  Os especialistas sabem transformar as mercadorias em mágicos conjuntos contra a solidão.  As coisas possuem atributos humanos: acariciam, fazem companhia, compreendem, ajudam, o perfume te beija e o carro é o amigo que nunca falha.  A cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados.

http:// www.geografiaparatodos.com/index.php?pag=sl183

 

 

Sobre a tirinha:

 

1)    A personagem de cabelo preto é Mafalda.  Ela está conversando com sua colega, a Suzanita.  No primeiro quadrinho as duas emitem opiniões diferentes.  Qual o argumento usado por Suzanita para defender seu ponto de vista nos quadrinhos seguintes?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2)    Mafalda também defende seu ponto de vista, usando um argumento?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 

 

3)    A fala de Mafalda no último quadrinho indica que ela concorda com Suzanita? Explique.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

Sobre os dois textos (Tirinha e “O império do consumo”), responda:

 

4)    Podemos dizer que o texto “O império do consumo” tem o mesmo tema da tirinha? Explique.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

5)    No texto podemos observar algumas opiniões sobre o tema. Transcreva duas dessas opiniões.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

6)    A que se refere o termo grifado no trecho:  “Comprado em prestações, esse animalzinho é uma prova da vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos.”?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

     7)    Observe a frase: “Um homem pobre é um pobre homem.” Como você percebeu há duas palavras         repetidas, mas em ordem diferente.  Essa mudança de ordem provoca uma mudança de sentido.              Qual o sentido das expressões “homem pobre” e “pobre homem”?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário