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ATIVIDADES (Ensino Fundamental II)

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terça-feira, 27 de abril de 2021

1º ano A - Atividade da Semana de Estudo Intensivo de Língua Portuguesa - Profª. Izabel

 Oiieee, galera

Estamos na Semana de Estudo Intensivo (SEI)...

Abaixo segue atividade SEI, para ser entregue até 6ª feira, dia 30/04....

1ª) “Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível Hulk é um abacate.”

Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou improcedentes.

O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.

Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:

a) enumeração incorreta
b) generalização invertida
c) representação imprecisa
d) exemplificação inconsistente

 

2ª) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)

No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor

a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
b) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
c) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

 

3ª) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis:

E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.

(Quincas Borba, 1992.)

1 polca: tipo de dança.
2 sarabanda: tipo de dança.

De acordo com o narrador,

a) os erros do passado não afetam o presente.
b) a existência é marcada por antagonismos.
c) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
d) cada instante vivido deve ser festejado.
e) os momentos felizes são mais raros que os tristes.

 

5ª) Da garrafa estilhaçada, no ladrilho já sereno escorre uma coisa espessa que é leite, sangue... não sei. Por entre objetos confusos, mal redimidos da noite, duas cores se procuram, suavemente se tocam, amorosamente se enlaçam, formando um terceiro tom a que chamamos aurora.

(Carlos Drummond de Andrade)

No fragmento anterior, Carlos Drummond de Andrade constrói, poeticamente, a aurora. O que permite visualizar este momento do dia corresponde:

a) a objetos confusos mal redimido da noite.
b) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno.
c) à aproximação suave de dois corpos.
d) ao enlace amoroso de duas cores.
e) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.

 

6ª)   esta vida é uma viagem
        pena eu estar
        só de passagem

(Paulo Leminski, La vie em close. 5a ed. S.Paulo: Brasiliense, 2000, p.134)

No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se

a) da fugacidade da vida.
b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena.
c) revolta-se contra o seu destino.
d) sugere que a vida não tem sentido.
e) abomina a agitação da vida.

 

7ª) Leia o texto de Millôr Fernandes e responda às questões abaixo:

A morte da tartaruga

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.

Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, estremunhado , ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: – “Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que faço. Já lhe prometi tudo mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e propôs:

– “Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai”. O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no colo e disse: – “Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito a palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. “Que é funeral?” O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velinhas de aniversário. Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos velinhas, cantamos o Happy-Birth-Day-To-You pra tartaruguinha morta e você assopra as velas.

Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia que ela morreu. Isso é que é um funeral! Vamos fazer isso? O garotinho estava com outra cara. “Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela”. Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo, normalmente. “Que bom, hein?” – disse – “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral!” “Vamos sim, papai” – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – “Eu mato ela”.

Moral: O importante não é a morte, é o que ela nos tira.

1) Quais foram os artifícios utilizados pela mãe e pelo pai para que o menino parasse de chorar?

2) A mãe ofereceu uma surra ao menino, mas antes tinha oferecido um carrinho ou um velocípede. Por que?

3) Que palavra difícil o pai do menino usou na conversa com ele?

4) O que fez o menino parar de chorar?

5) Por que o menino quis matar a tartaruga?

 

 

8ª) Leia esse texto, mais uma crônica de Millôr Fernandes, e responda:

Cão! Cão! Cão!

Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão não muito grande mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!". O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa.

O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?"

O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais de sua animalidade. Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi.

Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não é seu, não?"

Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos, devemos sempre ter uma conversa esclarecedora.

1) Por que o amigo visitante não se manifestou ao perceber que o cão tinha partido algo na cozinha?

2) Por que os amigos estavam tensos?

3) O que significa “sorriso amarelo” e por que o dono sorriu dessa forma?

4) Quem é o dono do cão?

5) O que torna a crônica engraçada?


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