“O
POETA
É
UM
FINGIDOR”
Olá, alunos!!
Como estão!
Para
a maior parte dos alunos, já nos conhecemos, pois trabalhamos juntos no 8º ano,
outros também no nono. Sou a professora Vitória e, neste ano, teremos aula de
Língua Portuguesa e Literatura. É um prazer revê-los e conhecer novos alunos.
No Ensino Médio, nos aprofundaremos no
gênero e estudos de textos, principalmente os literários (romances, contos,
poemas, etc.) ou aqueles que mais utilizamos em nossa vida cotidiana, na
maioria das vezes, observando a linguagem formal (textos científicos, expositivos,
argumentativos, etc.) Entretanto, devemos lembrar que a linguagem formal não é
a única possibilidade a ser considerada no idioma porque todas as variantes têm
valor, inclusive as linguagens popular e regional que podem enriquecer ou dar graça ao texto literário.
Trabalharemos com textos de épocas
diferentes, com vocabulários típicos, sejam eles mais antigos, modernos ou
característicos da era digital.
Entre os literários, vamos nos familiarizar mais com os textos
poéticos que podem estar presentes tanto nos poemas como na prosa.
Nesta atividade, vamos analisar o poema “Autopsicografia”, do
poeta português Fernando Pessoa, live que
vimos no CMSP, dia 25/02/202. Caso não tenha acompanhado a aula, poderá vê-la
pelo repositório ou pela sugestão de link do Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=jQ9lY1ZnRdU
|
Aula 1, Atividade 1- 1Ano A e B:
Prof.as Izabel e Vitória
AUTOPSICOGRAFIA
FERNANDO
PESSOA
EF89LP32) - (3º B.) Analisar os
efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade
(referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses
textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes
visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores
etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer
honesto, vídeos-minuto, vidding, entre outros.
(...)Tudo vale a pena
|
Fernando
Pessoa, ao lado de Camões, é o poeta português mais conhecido, sendo considerado
por muitos, um dos escritores mais geniais da literatura mundial.
O
que você sabe sobre este poeta?
A seguir, vamos conhecer um de seus poemas mais famosos.
(youtube)
Acompanhe a declamação e
pequena explicação no vídeo do Prof. Henrique Araújo:
https://www.youtube.com/watch?v=rIvGlqJVKJE
A
poesia é uma arte bastante subjetiva, uma vez que lida com as emoções, com
jogos de ideias e palavras. Fernando Pessoa era mestre nessa arte. Para
começar, é preciso entender o título do poema:
3. Auto: prefixo grego que significa a si mesmo.
Psic(o): radical grego que significa alma.
Grafia: radical grego que significa escrita/descrição.
"Autopsicografia" significa escrita/descrição sobre a
própria alma, sobre si mesmo; análise psicológica de si mesmo.
Rebeca Fucks,
no site Cultura Genial,
(https://www.culturagenial.com/poema-autopsicografia-de-fernando-pessoa/)
ajuda-nos a entender melhor o poema:
“O poema Autopsicografia é
uma obra poética da autoria de Fernando Pessoa que revela a identidade de um
poeta e aborda o processo de escrever poesia.
Os versos, escritos em 1º de abril de 1931, foram publicados
pela primeira vez na revista Presença número 36, lançada em Coimbra, em
novembro de 1932.
Autopsicografia é
uma das poesias mais conhecidas de Fernando Pessoa, um dos maiores poetas da
língua portuguesa.
Descubra
abaixo uma análise dos tão consagrados versos pessoanos:
Interpretação
do poema
Uma psicografia consiste numa representação de fenômenos psíquicos ou na
descrição psicológica de alguma pessoa. "Auto", por sua vez, é um
termo usado para designar quando nos referimos a nós mesmos, transmitindo a
noção de si próprio.
Desta
forma, é possível dizer que com a palavra "autopsicografia", o autor
pretende abordar algumas das suas características psicológicas. O poeta
mencionado nesta obra poética é, portanto, o próprio Fernando Pessoa.
Primeira estrofe
Na primeira estrofe é possível verificar a existência de uma
metáfora que classifica o poeta como um fingidor. Isso não significa que o
poeta seja um mentiroso ou alguém dissimulado, mas que é capaz
de se transformar nos próprios sentimentos que estão dentro dele.
Por essa razão, consegue se expressar de maneira única.
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Se no senso comum o conceito do fingidor costuma ter um
significado pejorativo, nos versos de Fernando Pessoa temos a noção de que o
fingimento é um instrumento da criação literária.
Segunda estrofe
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
Vemos na segunda estrofe que a capacidade do poeta de expressar
certas emoções desperta sentimentos no leitor. Apesar disso, o que o leitor
sente não é a dor (ou a emoção) que o poeta sentiu nem a que "fingiu",
mas a dor derivada da interpretação da leitura do poema.
As duas dores que são mencionadas são a dor original que o poeta
sente e a "dor fingida", que é a dor original que foi transformada
pelo poeta.
Terceira estrofe
Na
terceira e última estrofe, o coração é descrito como um comboio (trem) de
corda, que gira e que tem a função de distrair ou divertir a razão. Vemos neste
caso a dicotomia emoção/razão que faz parte do cotidiano do poeta. Podemos
então concluir que o poeta usa o seu intelecto (razão) para transformar o
sentimento (emoção) que ele viveu.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Autopsicografia é erguido a partir de um jogo de
repetições que cativa o leitor e o leva a querer saber mais sobre a
construção do poema e sobre a personalidade do poeta.
Observação: Para melhor compreensão, caso não tenha
assistido, não deixe de acessar a videoaula do CMSP indicada acima.
|
Atividade 1 – Autopsicografia
(Fernando Pessoa)
(Copie e responda as questões em seu caderno, fotografe a tarefa
realizada e envie pelo e.mail indicado ao final da página)
1-
Para você, o que é ser poeta?
2-
Qual é o tema do poema de Fernando Pessoa?
3-
Lendo o poema, entendemos
que:
a-
( ) O poeta não é
digno de confiança.
b-
( ) Mesmo fingida, a
arte é uma expressão de dor.
c-
( ) a emoção que um
poema exprime é fingida.
d-
( ) o poeta sofre
muito para escrever.
4-
Qual é o impasse vivido
pelo poeta no processo de criação?
5-
Qual alternativa é
verdadeira?
a-
( ) a primeira estrofe
apresenta relação entre autor e obra.
b-
( ) A segunda estrofe apresenta relação entre
leitor e obra.
c-
( ) A terceira estrofe
mostra a consequência da relação entre autor, leitor, obra, emoção e razão.
d-
( ) O mundo fictício
criado pelo poeta é percebido pelo leitor como verdade.
e-
( ) Todas são verdadeiras.
6-
A segunda estrofe faz referência à experiência da dor. Explique.
7-
Deveras significa
a- ( ) com intensidade.
b- ( ) da forma devida.
c- (
) convenientemente.
d- ( ) verdadeiramente.
e- ( ) profundamente.
8- Releia-a e
responda:
o que gira nos “calhas de roda”?
a- ( ) A dor.
b- ( ) O coração.
c- ( ) A poesia.
d- ( ) A palavra.
e-
( ) A razão.
9- A que se refere o “comboio de cordas”
a- ( ) Coração.
b- ( ) Mente.
c- ( ) Palavras.
d- ( ) Dor
e- ( ) A poesia
10-
Para você, o poeta é um fingidor? Explique.
Revista
Prosa, Verso e Arte.
Se quiser saber mais sobre
Fernando Pessoa ou entender melhor Autopsicograafia, assista a aula extra do
site Café, Poesia e Utopia: você vai gostar!
https://www.youtube.com/watch?v=mnHsNfARCzw
ATENÇÃO:
Envie sua atividade através dos e.mails:
1. ano A - lugui@prof.educacao.sp.gov.br
1 ano B -vitoriapaterna@prof.educacao.sp.gov.br
Lembrete:
Não deixe de
acompanhar as aulas do CMSP!
Lembre-se
de que contam como presença, bem como as tarefas que serão avaliadas (são bem
rápidas e fáceis).
Terças
e quintas- feiras: 15h30mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário